sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FEIRA INTERDISCIPLINAR 2011 (Rock: o ritmo da contracultura)

- ATENÇÃO! Estas são as falas das pessoas que terão que falar na feira. Os lugares que estiverem com os parênteses vazios, são os lugares que precisam ser preenchidos por alunos da sala. TODOS TERÃO QUE FALAR. Escolham as suas falas, quem não escolheu ainda, e comentem aqui no blog (ex: Isabelle, parte 1). Ou, se não conseguirem comentar, entrem em contato comigo (Marselle Veiga) pelo facebook, msn, telefone ou pelo e-mail (marselleveiga@gmail.com). Ou segunda agente resolve tudo. TODOS TÊM QUE LER TUDO, PARA PODER ESTAR POR DENTRO DO TEMA CASO ALGUM PROFESSOR PERGUNTE ALGO QUE VOCÊ NÃO ESTUDOU! Resumam tudo com suas palavras, e expliquem conforme o que vocês entenderam. -

(1) A contracultura foi um grande movimento que floresceu na década de 1960. Marcou o mundo, introduziu-se na história e influenciou gerações. Não foi mero capricho de uma juventude rebelde. Foi mais que isso. Ela nasceu do desejo de mudar o mundo. A diferença é que esses jovens partiram para a ação. E lutaram de forma pacífica por seus objetivos. Não conseguiram modificar a realidade. Porém, transformaram mentalidades...
É sem dúvida, um movimento sociológico. Sociológico, porque trata de sociedade. Porque é um movimento revolucionário. Porque envolve valores e ideais. Porque é realizado por indivíduos sociais. Porque é um fenômeno social, uma revolução social.
Procuramos não somente definir o que é contracultura. Embarcamos nos movimentos que a compuseram. Lhe convidamos a entrar. Avisamos de antemão, que a paciência é bem-vinda nesta viagem. Afinal, as particularidades merecem destaque, por isso a extensão do trabalho.
Para embarcar, deixe valores próprios e sua concepção de mundo. Liberte-se de preconceitos e não seja etnocêntrico. Vá de mente aberta e não leve bagagem. Estamos à sua espera. Podemos começar? 
- (Isa)


(2)Tudo começou na década de 1960. Os EUA vivenciavam um período de pós-guerra, com a corrida armamentista e o acirramento das lutas raciais. As transformações socioeconômicas advindas com a criação do Estado do Bem Estar Social provocaram mudanças nos hábitos e comportamentos juvenis. Eles tiveram que se adaptar radicalmente à tecnocracia (sociedade gerenciada por especialistas técnicos e modelos científicos), que resultava numa realidade mecânica e desprovida de qualquer impulso criativo. Diante deste contexto, os jovens procuraram “cair fora” e criar sua própria cultura.
 Além da ampliação dos cursos superiores que favoreceu a concentração de estudantes em espaços de discussão, as manifestações contraculturais descobriram na mídia uma potente arma para propagar os seus ideais. Os meios de comunicação em plena expansão aproximavam os jovens e universalizavam os novos valores. Aliás, foi a imprensa norte-americana quem deu nome ao movimento que nascia nos EUA, florescia na Europa e chegava, com menor intensidade, na América Latina. 
- (Carol - tlvz)


(3)Uma característica notável é que este movimento não se baseia na luta de classes. A contracultura encontra no jovem o seu intérprete e o seu motivo mais forte. Foram grupos de jovens brancos das camadas médias urbanas que iniciaram os protestos. Justamente eles, que tinham acesso aos privilégios da cultura dominante. Nesta luta, o jovem negro tornou-se importante aliado, porque historicamente, já era símbolo de rebeldia contra o sistema americano. O conflito de gerações foi intenso e começava na família, bem como era marcante a consciência etária (oposição jovens/ não-jovens). Mesmo assim, alguns teóricos e gurus possuíam idade avançada. Herbert Marcuse e Norman Brown confrontavam suas obras com Marx e Freud ao analisar as sociedades industriais e as possibilidades de transformação revolucionária.
Não era difícil identificar a “tribo”. Os “rebeldes sem causa” ou a “juventude transviada” apresentava sinais evidentes: cabelos compridos, roupas coloridas, misticismo, rock, viagens de mochila, drogas, orientalismo. A aparência, o modo como se vestiam ou não (eram adeptos da nudez) e o penteado caracterizavam o novo “personagem”. 
- (Tamires)



(4)Por ser uma resposta à cultura massificante do Ocidente, era de se esperar que a contracultura tivesse características bastante incomuns para a época. Com caráter fortemente libertário e questionador, repreendia as políticas de esquerda tradicional e discordava dos princípios capitalistas e sua economia de mercado, daí o anticonsumismo. Os meios de comunicação em massa, especialmente a televisão, foram amplamente criticados: um ponto contraditório, se considerada a relevância destes meios enquanto difusores do movimento. Além disto, qualquer tipo de violência ou conflito era repudiado, por isso, a busca pela paz. Plantou-se uma nova concepção de família, casamento e relação sexual, a qual admitia liberdade nestes relacionamentos. Pregava-se a vida comunitária e a valorização da natureza, sendo o vegetarianismo, opção à alimentação natural. A religiosidade ocidental foi posta em xeque com a aproximação das práticas religiosas orientais, principalmente o budismo. Colocou-se em voga o respeito às minorias raciais e culturais. Para completar, a experiência frequente com drogas psicodélicas.

- (Ana)


 (5)Como não encontraram respostas na luta política, canalizaram o protesto para outras áreas. Buscaram nas artes o espaço que desejavam e foram bem-sucedidos nisto. Os primeiros passos da contracultura surgiram com a Geração Beat: poesia anti-intelectualista com tradição boêmia. Mas foi a música, a via de maior alcance. Folk, blue e rock’n-roll expressavam, através de suas letras, a rebeldia e o descontentamento. A tentativa de ingresso na política se deu com a criação do Partido Internacional da Juventude. Já o Maio de 68 representou o ápice dos movimentos estudantis. Também são desta época os grandes concertos musicais de Woodstock e Altamont. No Brasil, a Tropicália de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Gal Costa é um bom exemplo.
Alguns dizem que a contracultura assumiu duas vertentes. Uma delas é a atitude hippie, onde o confronto é o distanciamento da sociedade comum. Na outra, assume-se um caráter militante, clandestino e até terrorista, é o estereótipo do guerrilheiro.
 -  (Amanda)




(6)Em síntese, a contracultura é uma anticultura. Surgiu como antídoto para a cultura tradicional. Para alguns, a afirmação e a sobrevivência de uma significava a negação e a morte da outra. Pensamento radical, pois não há contracultura sem uma cultura a ser contestada. O movimento pregava menos discurso formal e mais prática informal. Queria provar que, mesmo as lutas ideológicas e pacíficas podem obter sucesso.
Em meados dos anos 70, a contracultura começou a perder seu vigor. De fato, o desejo revolucionário foi mais marcante do que o acontecimento revolucionário em si. Na realidade, a mobilização contestou mais do que venceu, imaginou mais do que transformou, expressou mais do que organizou. As mudanças que se queria não ocorreram. Mesmo assim, suas heranças são perceptíveis. A luta pela igualdade de direitos para as minorias (mulheres, homossexuais, etc), as passeatas contra as guerras e em favor do meio ambiente, assim como movimentos anti-racistas e pela legalização das drogas são resultado destas mobilizações.
  Parece inseparável da contracultura o clichê “sexo, drogas e rock’n-roll”. Falar deste assunto sem vinculá-lo às palavras de ordem: “Paz e Amor”, “É Proibido Proibir”, “Aqui e Agora”, “Gozem sem Entraves”, “Paradise Now” é impossível. É necessário abandonar valores próprios para entender aqueles “cabeludos”, “psicodélicos”, “motoqueiros”, “andarilhos”, “malucos”. Porque como cantou Caetano Veloso em sua música Vaca Profana, de perto, ninguém é normal. 
-     (Kariny Soares)




(7)Diferente do que muitos pensam o Rock não é apenas um estilo musical, mas um importante movimento social que teve seu início na década de 1950, nos Estados Unidos. Essa agitação predominantemente jovem obteve grande impacto na sociedade da época e se manifestou especialmente na música, no estilo das roupas, cinema e comportamento. O fato social de protesto e indignação trouxe muitas mudanças principalmente na mentalidade da juventude.
Em 1956, surge o famoso rei do Rock: Elvis Presley. Um símbolo sexual que cantava com um negro teve o poder de transformar o Rock de modismo em revolução, mesmo que ainda não fosse nada engajado. Com voz rouca e um jeito inigualável de dançar, o cantor atingiu vendas extraordinárias durante toda a sua carreira, permitindo-o manter o título de rei mesmo depois de sua morte, em 16 de agosto de 1977.
Em 1962 são apresentados ao mundo os Beatles e sua grande composição: Love Me Do. Com a imagem de bons rapazes e a música dançante, o êxito dos garotos de Liverpool aumentava a cada ano, tornando-os a banda mais conhecida durante os anos 60, algo que ajudou a difundir o Rock como fenômeno mundial.

-         (Jéssica Carol) 



(8)As canções de rock’n-roll representavam a realidade da época: ruas cheias de carros, pessoas se amando, se odiando, sapatos pisando no asfalto, hotéis, lanchonetes, bombas de gasolina. As letras tratavam de problemas cotidianos dos jovens, desde as complexas relações humanas até o prazer de ouvir rock’n-roll bem alto dirigindo um carrão. Inicialmente, esse estilo tinha como temas principais: convites à dança e ao amor, descrição de carros e garotas, histórias de colégio e dramas da adolescência.

Mais tarde, no princípio dos anos 1960, apareceram artistas como Bob Dylan que revolucionaram o cenário do Rock, trazendo músicas engajadas para um público menos alienado Canções como Masters of War eram denúncias ao militarismo e à corrida nuclear que assombrava todos. Dessa forma, os grupos de Rock passaram a buscar novas dimensões expressivas que continuam até os tempos atuais, quando, infelizmente ele não está tão popular quanto nos velhos tempos.
  
-    (Thayana)







(9)O ano de 1968 foi de revoltas no mundo todo. Os jovens inspirados pela contracultura e por ideais de liberdade e igualdade foram às ruas mostrando toda a sua força. Vários acontecimentos marcaram aquele ano que se tornou determinante na história.
A guerra do Vietnã mostrou, no começo de 1968, a queda do poderio bélico dos Estados Unidos. Além disso, causou grande agitação e protesto da comunidade negra norte-americana o assassinato do pastor Martin Luther King, que defendia a igualdade racial e os direitos cívicos dos negros.
Contudo o Maio de 68 foi o movimento contracultural de maior repercussão daquele ano. Buscando o fim de uma sociedade francesa fechada e conservadora, governada pelo general Charles De Gaulle, o movimento estudantil entrou em confronto com a polícia. Essa ação culminou numa greve geral de estudantes e trabalhadores, unindo franceses de todas as idades, sexos e ideais. Tal mobilização alcançou vários países europeus, que se embeberam da igualdade social e sexual, dos direitos das minorias e da democracia.

-    (Joana)


(10)No México, o massacre de cerca de 200 estudantes pelas forças de ordem causou grande comoção. No Brasil, o “ano que nunca acabou” caracterizou-se por fortes protestos, especialmente após a morte do estudante Édison Luís de Lima Souto durante a invasão do restaurante Calabouço. As manifestações estudantis e sindicalistas continuaram até a implantação do AI 5, que censurava a música, o teatro e o cinema que abordavam política e valores imorais.
O ano de 1968 efervesceu a ideologia do movimento contracultural, constituindo o período de maior luta social de toda história, daí sua relevância.

-    (Camilla)


(11)WOODSTOCK 
Há 40 anos o mundo via tomar corpo, voz e expressão, o espírito independente de uma geração de jovens descontentes com os padrões sociais que guiavam suas vidas. John Roberts, Joel Rosenman, Artie Kornfeld e Michael Lang não imaginavam as proporções que aquele evento que foi inicialmente preparado para 50.000 pessoas, alcaçaria em todo o mundo. foi sem dúvida, a maior manifestação que a contracultura realizou ao longo dos tempos.
O evento trouxe 500.000 pessoas , que se reuniram em uma fazenda no Condado de Sullivan, (cidade de Bethel),enquanto o mundo vivenciava os horrores da Guerra di Vietnã e a chegada de Neil Armstrong à lua, tudo isso sobre o tabuleiro da Guerra Fria. Todos esses fatos juntos com os acontencimentos de maio de 1968 na França.( ta escrito no texto acima) inspiraram as pessoas, sobre tudo os jovens a  um sentimento anti-guerra.
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(12)A principal causa que levou aqueles garotos e garotas a protestar foram às regras sociais que as represavam e que iam de contra aos padrões ditos normais, e foi muito bem representada por esse festival. Lá as pessoas eram livres para cultuar o amor da forma que quisessem usar as drogas que quisessem, enfim, agir como quisessem. Estas atitudes podem ser consideradas por muitos como libertinas e sem valor social. Porém o que aqueles jovens queriam provar era justamente que podiam fazer de seus corpos o que bem entendessem, exatamente pelo fato de serem seus. Logo as regras sociais não teriam mais voz ativa em suas vidas, porque tinham o livre arbítrio para tomar as decisões que lhes pareciam mais certas. Mesmo que estas decisões não pudessem ser aceitas pela grande maioria, como não o foram.
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(13)O festival Woodstock teve início no dia 15 de agosto de 1969, numa sexta-feira às 17h07min. A quantidade exorbitante de pessoas que compareceram ao evento surpreendeu a todos. Inicialmente os jovens idealizadores do projeto tiveram grandes problemas para encontrar um lugar que pudesse sediar a festa. As comunidades locais entendiam que os shows atrairiam baderneiros e que as pequenas cidades não tinham estrutura para abrigar tantas pessoas (mesmo a previsão de 50.000 chocava, porque ninguém havia presenciado um concerto tão grande). Após algumas tentativas e várias renúncias conseguiram uma fazenda próxima à Nova Iorque.
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(14)Woodstock  foi marcado por algumas tragédias. O primeiro dia foi marcado por uma forte chuva, que atrapalhou bastante os shows e castigou o público com suas barracas. Somado a isso, houve um engarrafamento de proporções jamais vistas nos Estados Unidos, que impedia o público e as bandas de chegarem ao local. Devido à falta de bilheteria, todas as pessoas que deixaram para comprar o ingresso na hora, entraram gratuitamente. Isso levou a organização do festival a derrubar a cerca da fazenda.
Raymond Mizark, de apenas 17 anos, adormecia sob um saco de dormir próximo a uma pilha de lixo que era arada por um trator. O trator passou em cima do garoto. Outros dois rapazes morreram em decorrência de uma overdose. Segundo um relatório do Departamento de Saúde do Estado, lançado em outubro de 1969 foram registrados 5.162 casos médicos, 797 casos de abuso de drogas e 8 abortos. Nenhuma criança nasceu dentro da fazenda, embora 3 bebês tenham vindo ao mundo em um hospital improvisado, montado há apenas alguns quilômetros do local.
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(15)Apesar das condições de calamidade pública em que ocorreu o festival, ele conseguiu alcançar seu objetivo, que era chocar a sociedade com um movimento pacífico, mais na linha da desobediência civil. As roupas, os cabelos e a nudez comunicaram tanto quanto as músicas que continuam tocando em nossos ouvidos, imortalizadas nas vozes de Janis Joplin, Jimi Hendrix e The Jefferson Airplane, entre tantos outros participantes do Woodstock. De certa forma a magia desses três dias de liberação continua viva entre nós e é reforçada pelos inúmeros festivais contemporâneos em sua homenagem.
No final de 1969, os Rollings Stones resolveram promover um concerto gratuito aos seus fãs californianos para comemorar uma turnê bem-sucedida. Contrataram grupos famosos como Santana, Gratteful Dead e Jefferson Airplane e deram um caminhão de cerveja à gangue de motociclistas Hell’s Angels, como pagamento pela segurança do evento. Superando as expectativas, cerca de 300 mil pessoas compareceram, causando congestionamento nas vias de acesso. O “inferno” em que Altamont se transformou foi reforçado pelo exagerado consumo de ácido, maconha, bebidas alcoólicas e bolinhas de anfetamina. No festival, presenciou-se muita violência, brigas e discussões. Saldo: quatro mortes. Duas pessoas morreram atropeladas, uma morreu afogada e um negro foi esfaqueado por um dos Angels quando apontou uma arma na direção do palco.
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(16)Altamont foi a antítese de Woodstock. O primeiro foi marcado pelo fim da Era Aquarius e por sentimentos de frustração, perplexidade e fracasso. Já o segundo foi, nas palavras de Abbie Hoffman, a “primeira tentativa de aterrissar um homem na terra”. Respectivamente, resultaram nos filmes Gimme Shelter e Woodstock, tamanha a repercussão. Na memória das pessoas, Woodstock foi o bem e Altamont é o mal. Enquanto um foi a síntese do ideário propagado, o outro caracterizou a contra-utopia dentro da própria contracultura. Woodstock foi o sonho colorido, Altamont representou as nuvens negras do movimento. Desta forma, marcaram a história e, é assim que são lembrados: companheiros inseparáveis.
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- Ainda há textos para resumir, logo postarei mais parágrafos para todos. Qualquer dúvida entrem em contato comigo! Bjs. -