segunda-feira, 11 de julho de 2011

Conto Dalila



 Dalila

Não tenho mais esperanças, sonhos. Desejo acreditar que existam, mas acho difícil. Vou  contar a minha história: vivia com meu pai e minha, mãe numa cidade do estado do Rio de janeiro. Minha comunidade era muito pobre. A pobreza estava enraizada em "Nós", já não me incomodava, fazia parte! Mas, a bebida, as dores, isso eu dispensaria se pudesse.
Porém, aí vai a minha história.
Meu pai chegava toda a noite e gritava por mim.
– Dalila, onde está você?
Eu estremecia. – Vai começar!
– O que é pai?
– Já viu a minha roupa? Quero tomar banho. E a comida?
É claro que já tinha preparado tudo, eu sabia o que acontecia todas às vezes que me esquecia. Parecia que ele adorava, pois tinha chance de rala a mão em mim. Não que já não fizesse isso sem motivo, imagina com.
– Sim, pai já preparei!
– Sua mãe já chegou?
– Ainda não. – falei preocupada, por que minha sempre chegava tarde e me deixava passar por isso?
Ele veio na minha direção, alisou meu braço, estremeci, dei um passo para trás, tinha que entretê-lo. Pensei rápido.
– Pai! O vizinho perguntou se o senhor vai no Bar do Zé hoje?
– Vou sim, daqui a pouco, mas você não vai sair de casa, já sabe.
Respirei aliviada, ele não ia ficar tempo suficiente para me bulir. Quando chegasse, já estaria bêbado o bastante para dormir direto, e minha mãe já estaria em casa, esperava.
Aprendi, com a experiência,  enrolá-lo. Ele saiu, eu fiquei à vontade. Procurei logo minha amiga para um bate papo no portão e fui ver ser Xandinho ia aparecer para trocamos um selinho. Sabe como é, não sou de ferro, também me divirto, quando posso.
Mas parecia que aquele dia não era o meu dia de sorte. Meu pai voltou cedo, já tinha bebido umas e outras, e ao me ver com Xandinho no portão, ficou furioso, mandou-me entrar rápido, deu um porrada em Xandinho que ralou fora do lugar.
Dentro de casa, procurei me esconder no meu quarto, mas ele não desistiu. Veio com o cinto grosso que usava, como dizia, para me educar; mandou-me tirar a roupa, eu disse que não.
– Então vai apanhar dobrado!!!
Com muito medo, tirei a blusa de costa pra ele. Senti-o se aproximar, largou o cinto e tocou-me, murmurava palavras que não entendia, só sinto ainda o cheiro de cachaça embrulhando o meu estomago, estava aterrorizada, sem saída, sem esperança...
Não ouvi a porta abrir, não ouvi nada além da minha respiração, do meu  enjôo...
De repente um grito:
– Sua safada, puta, cachorra...
Minha mãe nos pegou juntos, não entendeu, avançou sobre mim.
Naquela noite foi o fim. Apanhei tanto que os vizinhos chamaram a polícia.
Como disse foi o fim.
Hoje estou num lar, para crianças. Ouço falar de sonhos, sobre o amor, outra vida. Pediram-me para cantar algo para outras crianças. Cantei algo que fala  sobre sonhos e esperanças, da necessidade de sorrir e de seguir em frente.
Cheguei há quatro dias neste lar para crianças... Sabe com é... que sofrem.
Encontrei tantas outras meninas que, assim como eu, perderam a esperança; me senti importante, vendo que, através da minha música, posso alegrar,  trazendo aos corações feridos um raio de esperança. O meu ainda está preso naquela bendita noite...


Por  Célia  M. Souza

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carta Argumentativa - Clarice Lispector (Autora Pós Moderna)

São Gonçalo, 04 de Julho de 2011.

Caros Leitores,

Estou aqui para comentar sobre o conto A Galinha do livro Laços de Família de Clarice Lispector.
No início achei muito estranho um texto com um nome tão inusitado. Pensei comigo mesma: como um animal a princípio insignificante, que tem a mesma cara sempre e que comemos sempre aos domingos, não que isso pra mim seja uma regra, poderia mexer com nosso emocional?
No início, o conto fala que a galinha parecia calma, e que mesmo no canto da cozinha encolhida estava com medo, no nosso dia-a-dia parece medo daquilo que já ouvimos dizer que é ruim. Logo após o conto narra que as pessoas da casa nunca se perguntaram ou quiseram entender como a pobre da galinha se sentia. Lendo o texto me pus no lugar dela: imagina saber que vai morrer e mesmo assim ficar parada? Que nada!Agiria igual a ela, iria tentar me defender de todas as formas. Uma coisa que não gostei e que ao mesmo tempo me surpreendeu foi como a autora no inicio faz a gente entender e tentar respeitar os sentimentos do outro ser, sem julgá-lo igual ou indiferente e no final ser totalmente contraditória e ainda dizer que por ela ser igual a outras galinhas, foi comida.
Como será que devemos pensar? Como será que devemos agir?
Se alguém souber, pode comentar aqui!

Raissa Magna nº23

Carta Argumentativa (Graciliano Ramos)

São Gonçalo,04 de julho de 2011



Á Graciliano Ramos


É com enorme satisfação que escrevo esta carta,gostaria de lhe dizer que,o considero um grande escritor por sempre esta retratando um pouco de nossa realidade atual em suas obras.


Ao ver a história do livro, “Vidas Secas”,da para perceber um pouco da realidade brasileira tais como,fome,miséria,desigualdade, seca e injustiça social.


Fico muito impressionado com sua história,você fez seus primeiros estudos no interior de Alagoas e logo depois tentou jornalismo no Rio de Janeiro.Regressou a Palmeira dos Índios,cidade da qual você foi prefeito,em 1928,renunciando ao cargo dois anos depois e passando a dirigir a Imprensa Oficial do Estado.


Gosto também das características em que você escreve seus romances pelo relacionamento entre as condições sociais e a psicologia das personagens,somando uma linguagem precisa
e despojada e de grande força expressiva.

Espero que você continue sendo esse grande escritor,sempre buscando aprimorar suas obras,e retratando um pouco de nossa realidade.


Obrigado.
Gabriel Ferreira
(Turma 3006,número:13)


Carta Argumentativa - Nelson Rodrigues (autor pós-modernista)

São Gonçalo, dia 30 de junho de 2011.
 Agir.

Querida equipe da editora Agir,
  Fico grata pela indicação do livro "A menina sem estrela" de Nelson Rodrigues. Até mesmo já tinha lido outros livros deste mesmo autor, mas como este livro, nunca vi antes. O livro que me indicastes, foi de fácil entendimento, e o autor aborda partes da vida dele, com clareza e tranparência. 
  Já sabia que Nelson tinha começado sua vida profissional, e sexual bem novo, mas fiquei abismada em saber, que tudo o que ele dizia, realmente aconteceu. Fico adimirada com a história de vida dele, com todos os acontecimentos catastróficos que aconteceram, e com a garra e determinação que ele teve de encarar cada um. 
  Foi um homem explendoroso, talentosíssimo, e o admiro respeitosamente. O livro envolve muito drama, muito romance, e até mesmo um pouco de comédia. Nelson, do seu jeito carismático, evolve a todos com uma leitura explendorosa. 
  É quase impossível não se emocionar com sua infância e adolescência conturbadas. Nelson é definitivamente um gênio querendo mostrar sua face mais humana. Pelo ao contrário de que muitos pensam, este livro é apenas histórias sobre a vida de Nelson, e não tem muito de pornográfico. É possível entrar em cada pensamento de Nelson, é possível estar no lugar dele, como se estivéssemos nós mesmos no século XX.
  Como não gostar de Nelson? Eis a questão, há pessoas que hão de concordar que o livro pode até parecer um pouco chato. Mas, ao mesmo tempo, te prende de uma tal maneira, que de qualquer forma, não pode se conseguir largá-lo, sem terminá-lo. Vale à pena a experiência, deste tão famoso e importante dramaturgo, jornalista e escritor.
  O livro apresenta pedaços da alma de um autêntico e vibrante autor, que hoje é considerado uns dos melhores pós-modernistas do Brasil.

Aguardo sua próxima indicação com ansiosidade.
Grata, Marselle Veiga.



Marselle Veiga, n° 21, turma 3006.

Carta Argumentativa - Autor pós modernista - Clarice Lispector.

São Gonçalo, 28 de junho de 2011

À Clarice Lispector.

   Primeiramente gostaria de lhe parabenizar por suas obras, te considero uma excelentíssima escritora, e sempre estou lendo algum livro seu, viajando por um mundo desconhecido e procurando sempre minha essência.
   Porém, desejo comunicar minha insatisfação ao livro  “A descoberta do mundo” por obter uma linguagem muito rebuscada e de difícil entendimento, fazendo-me ler quatrocentas vezes a mesma página.
   Ler seu livro me deu dores, e eram duas coisas a ler: “A descoberta do mundo”  e um dicionário, pois por serem palavras difíceis, tive que buscar o auxílio dele para  ter um melhor entendimento do texto.
   Clarice, gostaria de lhe informar que muitas pessoas também acham sua linguagem difícil, por isso muitas vezes deixam de ler suas obras.
   Não tenho mais nada a declarar, pois, só falta isso para que chegue a perfeição. Gostaria que você tomasse sua posição e tratasse desse caso com muita atenção, coerência e paciência, para que continuemos tendo uma relação autor-leitor boa. Peço-lhe desculpas pelos comentários, e lhe afirmo que isso são apenas pequenos detalhes a serem concertados, espero ter sua compreensão.

Obrigado.
Aguardo seu contato
Isabelle Fischer.



(Postado dia : 04.07.2011 às 11:20 a.m / Postado por: Isabelle Fischer da Silva , nº 14)




 Carta Argumentativa - Pós Modernista: Clarice Lispector


 São Gonçalo, 27 de junho de 2011 

Querida Clarice Lispector, admiro muito o que você escreve, nos faz pensar no que sentimos, nos faz pensar nos nossos atos diante de algumas coisas, admiro sua forma de escrever que embora complicado de se entender, mas com um sentido fantástico onde nos faz navegar em pensamentos. Gosto muito de pesquisar sobre suas obras na Internet, e uso muito algumas frases suas onde me identifico e me faz refletir em minha vida em geral. Porém como eu havia comentado mais acima sobre a dificuldade em a linguagem que usas e algumas viagens de pensamentos que não fazem muito sentido, e me confundem bastante em relação a algumas coisas. Mas, é de se admirar o seu trabalho, vejo que tem muito potencial.. embora surja algumas dificuldades, é algo que se lê e se tem vontade de ir até o fim, algo que nos faz sentir bem. Lemos coisas que nós sentimos, mas as vezes passa por despercebido. Queria lhe elogiar pelas obras magnificas, e ao mesmo tempo fazer uma critica pequena sobre as dificuldades que eu tenho, mas, isso não é algo o bastante para desvalorizar um trabalho tão magnifico, tão reflexivo. Parabéns pelo seu potencial!

Postado por: Joana Milanez nº 16
DIA 04/06/2011 ás 10:55 a.m