quinta-feira, 21 de abril de 2011

RESENHA DO LIVRO : A DESCOBERTA DO MUNDO (CLARICE LISPECTOR)



RESENHA DO LIVRO : A DESCOBERTA DO MUNDO (CLARICE LISPECTOR)

•Sobre Clarice Lispector:

Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, em 1920, na cidade de Tchetchelnik, vindo para o Brasil dois anos depois com os pais e mais duas irmãs. Primeiro fixaram residência em Maceió e depois em Recife, onde a escritora passou sua infância. Em 1930, Clarice perde a mãe e vem com o pai e as irmãs para o Rio de Janeiro, onde se forma em Direito e casa-se com o diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve Pedro e Paulo, seus filhos. Em 9 de dezembro de 1977 morre de câncer.

•Suas Obras:
Serão citadas ALGUMAS de suas obras, não todas, para não tornar a resenha maior.


Romances:

Perto do Coração Selvagem  Escuro (1961)

A Paixão segundo G.H. (1964)


Novela:


A hora da estrela (1977)

Contos:


Laços de família (1960)

A bela e a fera (1979)

Correspondência:

Cartas perto do coração (2001) - Organização de Fernando Sabino

Correspondência - Clarice Lispector (2002) - Organização de Teresa Cristina M. Ferreira

Crônicas:

Visão do esplendor - Impressões leves  (1975)

Para não esquecer (1978) - contos inicialmente publicados em Laços de família.

A descoberta do mundo (1984)

Entrevistas:

De corpo inteiro (1975)

Literatura  infantil:

O mistério do coelho pensante (1967) - Escrito em inglês e traduzido por Clarice

A mulher que matou os peixes (1968)

Antologias:

Seleta de Clarice Lispector (1975) - Organização de Renato Cordeiro Gomes

O primeiro beijo & outros contos, de Clarice Lispector (1991)

Aprendendo a viver (2004)


Livros publicados no exterior

Clarice Lispector tem seus livros publicados em diversos países do mundo: Alemanha, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Israel, Holanda, Inglaterra, Itália, Noruega, Polônia, Rússia, Suécia, República Tcheca e Turquia.


•Sobre o livro e suas características :  A descoberta do mundo 

 A descoberta do mundo é uma seleção de crônicas publicadas na coluna semanal que Clarice Lispector escrevia aos sábados, no Caderno B, do Jornal do Brasil, entre agosto de 1967 e dezembro de 1973. Nela, divagava sobre temas variados: da infância no Recife a uma passeata contra a ditadura nas ruas do Rio de Janeiro; a satisfação em receber o carinho dos leitores e as particularidades da sua vida familiar.Mostrando fortemente seus sentimentos acaba fazendo com que essas crônicas obtenham sucesso e se tornem em um livro espetacular.
Este livro possui 480 páginas e é dividido em capítulos com personagens específicos ou datas que marcaram sua vida, ou foram muito importantes (com grandes acontecimentos). Foi editado pela editora Rocco e possui um grande sucesso as pessoas que são muito ligadas a busca da identidade ou até que se identificam com ela, que era uma pessoa inquieta e sempre em busca de coisas novas.


Resumo:

A descoberta do mundo  é o primeiro trabalho de crônicas de Clarice. São contadas com personagens e pessoas que passaram por sua história, como suas empregadas: Aninha e Jandira, e uma jornalista, Cristina – pessoas próximas, e não cita seus sobrenomes –, são lembrados em passagens da memória de Clarice. O livro é dividido em dias, como se fosse um diário, mas sempre entre fatos reais e fictícios. Esta última, no entanto, revela com fidelidade as incertezas que cercavam sua misteriosa personalidade.

A vida cotidiana e os acontecimentos no Brasil daquela época continuavam a história. Em meio as mudanças permanentes que foram marca pessoal da autora, surgem importantes nomes da cultura brasileira e latino-americana. Em uma das crônicas, por exemplo, a atriz Fernanda Montenegro é elogiada por seu desempenho na peça "A volta ao lar", de 1967. Em outra, a autora conta como conheceu Chico Buarque, sem esconder que esse foi um momento especial: "Quando meus filhos souberem que eu o vi vão me respeitar mais.”.
Há ainda uma entrevista com o educador Alceu Amoroso Lima e uma pequena conversa com o poeta chileno Pablo Neruda, quando ele esteve no Brasil, em abril de 1969. Embora não seja romance, seu estilo habitual, este livro reflete da mesma maneira o pensamento agitado de Clarice Lispector. São pequenas confissões, cartas, histórias, "causos" da escritora que até hoje intriga profundamente os apaixonados por sua literatura, e até mesmo aqueles menos aficionados. Como poucos autores brasileiros – embora, no livro, ela se auto defina "um escritor, sem sexo ou com os dois, como outro em qualquer lugar do mundo", ela coloca em sua obra marcas extremamente pessoais, que, no entanto se confundem com os questionamentos de qualquer ser pensante.


•Citação do livro:

"O que eu sinto eu não ajo. O que eu ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se me entendesse ".

•Recomendação e senso crítico:

Gente, eu recomendo esse livro, é demais. Você pode pensar que tem muitas páginas ou que deve ser chato por contar histórias de antigamente, mas ele te envolve. Quando você vai ver já está perto de acabar e você sente até falta... Pessoas que são interessadas em histórias passadas, sobre a vida e a essência humana ... Esse livro vai fazer muito bem! Esse livro possui uma linguagem muito rebuscada, aliás, todas as obras dela (Clarice Lispector)  possui uma linguagem muito difícil. As vezes essa linguagem acaba tornando difícil a leitura. Mas, nada disso deixou de tornar o livro a maravilha que é ... SUPER RECOMENDADO !

Por: Isabelle Fischer.
Número: 14




2 comentários:

  1. Parabéns pela resenha amiga. Deu pra ver de longe o seu esforço. E a Clarice é uma ótima escritora também *-*

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  2. Parabéns Belle....O livro parece bastante interessante e rico.....Você escreve muito bem....beijos.. Caroline Dias

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